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terça-feira, 28 de junho de 2011

Obá




Um comentário:

  1. OBÁ

    Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. OBÁ Divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Óya (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô.

    Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada (idà) e um arco e flecha (ofá). Sua saudação é OBA XÍ ou ÖBA XIRE.

    O ARQUÉTIPO DE OBÁ

    As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem.

    Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades.

    OBÁ — Orixá guerreira e das águas revoltas !!!

    Obá vivia em companhia de Oxum e Oyá (Iansã), no reino de Oyó, como uma das esposas de Xangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei entre as duas Iyabas (Orixás femininos).

    Obà percebia o grande apreço que Xangô tinha por Oxum, que mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferencias do Rei, sempre servindo e agradando aos seus pedidos. Obà resolveu então, perguntar para Oxum qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferencia do amor de Xangô, vez que Oyá, andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obà era sempre desprezada e deixada por último na lista das esposas de Xangô.

    Oxum então, matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Xangô principal comida do Rei, que lhe servia sempre que deseja-se bons momentos ao lado do patrono da justiça. Obà, como uma menina ingênua, escutou e registrou todos os ingredientes que Oxum falava e que eram de extrema importância para a realização de tal culinária, sendo que por fim Oxum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas na mistura do amalá para enfeitiçar Xangô.

    Obà agradeceu a sinceridade de Oxum e saiu para fazer um amalá em louvor ao Rei, enquanto Oxum, ria da ingenuidade de Obà que, sempre atenta a tudo, não percebeu que Oxum mentira, pois ela encontrava-se com suas duas orelhas, e falará isso somente para debochar de Obà. Obà em grande sinal de amor pelo seu Rei, preparou um grande amalá, e por fim cortou uma de suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Xangô como gesto de seu sublime amor.

    Xangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obà na mistura, e bravejou e gritou, e expulsou Obà do reino de Oyó, sem por fim nem explicação considerar. Obà triste e desiludida, fugiu para bem longe e nunca mais voltou aos domínios de Xangô, tendo hoje em dia, como sua arqui-rival em todos os candomblés do Brasil e do mundo, e até hoje quando manifestadas em seus iaôs elas dançam simbolizando uma luta.

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