Hoje vamos falar de um assunto que vem atigindo cada vez mais nossos templos, trago a vocês não como forma de critica mais como forma para juntos ver-mos nossos erros e corrigi-lós para que possamos cada vez mais amadurecer espiritual e fisicamente.
Como em toda família ou sociedade, estamos propensos
a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia que vivem
os terreiros de Umbanda, existem erros que são praticados por alguns
pais e filhos-de-santo. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais
comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses
erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar
o foco de equilíbrio:
Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o
ciúme é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter;
Outro ponto muito interessante no qual gostaríamos
de declinar é o seguinte:
Alguns terreiros, nos trabalhos com Exús e Pomba-Giras,
não permitem que um médium do sexo masculino venha a incorporar
uma entidade cuja energia é feminina. Têm-se um preconceito muito
grande com relação a isso, chegam-se a falar que o homem que tem,
ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba-Gira, é tendencioso ao
homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam dessa forma, mas seu
pensamento está completamente errado. O gênero sexual é
um consenso do plano físico, não existe gênero no plano
astral e as manifestações de entidades femininas ou masculinas
não tendem a interferir na opção sexual do médium.
Plagiando uma frase que ouvimos: "Então uma
médium nunca poderia receber um Caboclo ou um Exú
ou vice-versa".
Esse é um preconceito machista e absolutamente de
acordo com o conceito relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma
está relacionado às raízes da Umbanda.
Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de
elementos estranhos ao ritual do culto;
Exploração financeira contra filhos da casa e/ou freqüentadores.
A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus
trabalhos. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não
se paga por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado;
Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;
Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;
Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da
casa;
Omissão de socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam
auxilio;
Ciúmes pelo tratamento dado pelo dirigente da casa a um ou outro filho;
Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer
circunstâncias pelo dirigente da casa;
Atenção dispensada de forma exagerada ao dirigente da casa ou aos outros integrantes do grupo;
Falta de preparo dos filhos nos ritos da casa;
Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente
preparado;
Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos;
Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento
dos filhos da casa;
Não transmitir os ensinamentos adquiridos, não compartilhá-los
com os demais;
Agregar filhos apenas para fazer volume ou aumentar a contabilidade;
Tratar de forma diferente os filhos ou freqüentadores da casa, pelo
poder aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada;
Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio;
Não respeitar a vida particular do dirigente da casa, levando a ele
problemas fúteis, fora da casa;
Confundir a liberdade dada;
Confundir Umbanda com Nação Nagô, Gêge, Ketu, Batuque, Catimbó,
Juremada, Candomblé, Umbanda traçada, Umbanda branca, Umbanda esotérica, etc, etc, etc... Erros absurdos podem advir deste
tipo de confusão. Valha-se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda
para poder ensinar aos demais;
Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais
importante que as outras entidades que trabalham na casa;
Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium
e à casa;
Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e
o consulente, usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo
suas opiniões pessoais;
Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca
pense que está incorporado, mas sim, tenha certeza disso
antes de começar a trabalhar.
Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência
sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua
magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para que
todos tenham o que merecem;
Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer
tipo de trabalho. A Umbanda não se utiliza destes elementos
para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando sangue
que se alcança a graça divina, pois nós não temos
o direito de tirar a vida de quem quer que seja.
Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar,
lograr e ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico
ou figurado.
Adornos - estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios,
visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer
percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra
do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade
e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de
modas.
Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o terreiro,
você está adentrando uma casa santa, uma casa sagrada. Deve, então, livrar-se
de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais. Roupas
insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos trabalhos
de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta
que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário.
Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de
pura irresponsabilidade chamar as entidades com as quais se está trabalhando
fora da casa de trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser
extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem
as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem
a quiúmbas ou afins sem saber.
É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho,
direcionam suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos
ao desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns
tenham consciência que a preparação para os trabalhos começam
à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não
são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por
desestabilizar o equilíbrio da casa.
Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos
médiuns para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe,
pouco estuda, as entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo
próximo. Faz-se absolutamente necessário o estudo e a aquisição
de conhecimento espiritual para atingir a própria evolução
e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em sua evolução
espiritual. O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura
de uma vida de sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento
nunca será em demasia e é a única coisa que fará
parte de cada um. As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento
espiritual, normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos.
Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns
têm um péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na
incorporação ou desincorporação, muitas vezes somente
para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são
suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção do dirigente
da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma entidade que chega
ao terreiro para trabalhar é normalmente uma entidade com alto grau de
evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente durante
sua desincorporação. Descarregar o médium quando de sua
partida não tem relação alguma com sofrimento deste. Estabilizar
a energia do médium não é aplicar um choque.
É comum encontrarmos nos terreiros médiuns de outras casas ou
até mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente,
terem a chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa. Acontece
em muitos terreiros em que os capitães (!!!), mostrando absoluta falta de conhecimento
e discernimento, mandarem estas entidades "subir". Notem que, se uma
entidade passou pelo Sr. Tranca-Ruas, por todos os Exús que guardam a
casa durante os trabalhos e por todos os Oguns que ali estão rondando
para a proteção da casa é muito provável que esta
entidade tenha permissão para adentrar o terreiro (por algum motivo).
Interessante é o fato de alguns chefes de terreiro acharem
que possuem um conhecimento maior que as entidades que ali estão trabalhando.
É preciso tomar muito cuidado com a autoridade dentro de um terreiro.
Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia
e nunca desrespeito. Lembremo-nos que muitas vezes,
durante
os finais dos trabalhos, todas as entidades já sabem que devem deixar
o plano e desincorporar. Normalmente o que segura as entidades nos
trabalhos
são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário
que a(s) entidade(s) fique(m) no terreiro para terminar de equilibrar o
ambiente
e os médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem
ali. Srs. capitães (ou que se julgam entendidos!!!), muito cuidado com
a autoridade para com as entidades
e para com os filhos da casa. Um chefe de terreiro é aquele
que detém bom conhecimento espiritual, é aquele que coloca ordem
nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca aquele que determina, dá
ordens e abusa de sua autoridade. Senhores dirigentes: cuidado ao dar
"cargos hierárquicos" dentro de um terreiro. Umbanda é uma religião
simples e deve ser trabalhada desta forma, sem complicações e sem
cargos.
Permitir que entidades peçam o número do telefone dos consulentes ou coisas semelhantes!!!
O utro ponto muito interessante no qual gostaríamos
de declinar é o seguinte:
Alguns terreiros, nos trabalhos com Exús e Pomba-Giras,
não permitem que um médium do sexo masculino venha a incorporar
uma entidade cuja energia é feminina. Têm-se um preconceito muito
grande com relação a isso, chegam-se a falar que o homem que tem,
ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba-Gira, é tendencioso ao
homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam dessa forma, mas seu
pensamento está completamente errado. O gênero sexual é
um consenso do plano físico, não existe gênero no plano
astral e as manifestações de entidades femininas ou masculinas
não tendem a interferir na opção sexual do médium.
Plagiando uma frase que ouvimos: "Então uma
médium nunca poderia receber um Caboclo ou um Exú
ou vice-versa".
Esse é um preconceito machista e absolutamente de
acordo com o conceito relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma
está relacionado às raízes da Umbanda.
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