Muitas pessoas quando começam a se interessar pela Umbanda não conhecem realmente seus valores e características,hoje venho expor algumas para que possamos explicar ao nossos irmãos.
A Umbanda é um sistema religioso fundamentalmente naturista, isto é, se manifesta através das
forças da natureza, assim como com espíritos contemporâneos, ou não, pesando expressivamente
em seu exercício as vibrações das Almas.
A Umbanda possui muitas co-irmãs e as pessoas muitas vezes confundem-na com outras religiões
que possuem nomenclaturas semelhantes às utilizadas na Umbanda, no entanto a semelhança é
meramente aparente e termina aí.
O fato de a Umbanda ter como uma de suas raízes a forte influência africanista e cultuar Orixás,
gera muita confusão e sobressai a necessidade de apontar limites bem claros.
1. Trabalhamos exclusivamente visando o bem, a caridade e a evolução espiritual de todos.
2. Não temos “feituras de cabeça”, Boris, raspagens, camarinhas, roncós, corpo fechado, ebós,
orunkô, feitura de santo, bascos, firmo de nação, etc.
3. As sessões obedecem a horários pré-estabelecidos. Não vemos nenhum sentido em sessões
madrugadas adentro. Por que não? Simplesmente por ser contraproducente, ninguém consegue
manter a “gira firmada” por tanto tempo, as pessoas trabalham, ficam cansadas, e a falta de
concentração, ou nível energético dos médiuns tende a cair drasticamente após 3 horas
consecutivas de culto. Além do mais a própria assistência começa a ficar desacomodada,
desconfortável, gerando vibrações de impaciência e falta de interesse. Tudo isso gera um
desacordo energético que acaba por influenciar o bom andamento da gira. É claro que estamos
nos referindo às giras ordinárias e não às festivas.
4. O abate de animais (sacrifício) não faz parte, em nenhum momento, de qualquer rito da Umbanda
(aberto ou fechado).
5. No que diz respeito a oferendas aos Orixás, guias, ou entidades menores, ressalto que sou contra
o uso excessivo desse recurso como elemento de religação. A oferenda tem sua função
específica e determinada. A banalização da mesma influencia negativamente no desenvolvimento
do médium e na evolução do espírito (guia ou protetor) que a está recebendo.
Aqui você pode estar perguntando como e porque o uso excessivo de oferenda pode
atrapalhar a evolução de um espírito e/ou de um médium.
A resposta é simples e como em tudo há sempre dois lados a serem observados:
Na realidade desestimulamos tudo que seja excessivo. No caso das oferendas, existem
conseqüências de ambos os lados, material e espiritual.
Do lado material:
a) O custo dos elementos da oferenda (muitas pessoas chegam a deixar de comer, ou até
mesmo, permitem que falte alguma coisa dentro de sua casa para comprar os elementos da
oferenda).
b) Estímulo a barganha espiritual, ou seja, o ofertante acredita que oferendando alguma coisa
poderá obter privilégios junto a espiritualidade.
c) Estímulo a preguiça espiritual no sentido da evolução, ou seja, o ofertante começa a acreditar
que a oferenda substitui o seu empenho em melhorar enquanto pessoa, geralmente com a
famosa frase : “Eu cuido do meu santo, já arriei minhas coisinhas”.
Do lado espiritual:
a) Pela pessoa somente se interligar com a espiritualidade através da oferenda, as entidades
receptoras começam a pedir cada vez mais oferendas com o intuito de estarem sempre
próximas da pessoa, pois sabemos que para que haja aproximação da entidade é necessário
que haja sintonia de pensamentos e sentimentos. Quando fazemos uma oferenda, geralmente
elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que
comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a
precisar da oferenda para se comunicarem.
b) Disso surgem pedidos cada vez mais freqüentes impedindo a evolução da pessoa e da
entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante.
O nosso objetivo é orientar que a oferenda deva vir apenas como uma representação material de agradecimento e não de comunicação com as entidades, que basicamente e de maneira geral não precisam de oferenda. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.
Geralmente se é feito em comemoração ao dia do Orixá ou entidade em forma de homenagem, pois “Amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade
desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade”, também é uma forma de oferenda assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”.
Com tudo isso exposto, esclareço que o uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista.
Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado.
Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais
sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente.
A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim.
6. A vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca.
7. Não há, sob hipótese alguma, retribuições financeiras por trabalhos executados, consultas, ou o
que quer que seja, e nada, absolutamente nada, justifica a cobrança de consulta, mesmo que seja
um valor insignificante ou irrisório. Alguns chegam a dizer que é para ajudar na manutenção do
Templo, mas afirmo que esta é uma responsabilidade do Dirigente e seu corpo mediúnico.
Existem inúmeras maneiras de se sustentar um terreiro sem que haja necessidade de se cobrar
por nada que envolva o sagrado.
8. A ascensão ao sacerdócio na Umbanda se faz através do tempo, da propriedade individual, da
constância e seriedade com que o médium se propõe à caridade. Objetivando auxiliar o médium
nesta tarefa, são realizados determinados preceitos e obrigações, testes e avaliações. Mas
fundamentalmente o trabalho, o tempo, a dedicação e o estudo são a firmeza do médium, pois
não adianta fazer uma série de recolhimentos e preceitos se o médium não se entrega à função
sacerdotal dentro e fora do terreiro, com responsabilidade e consciência de seu papel.
9. A prática religiosa deve ser realizada em locais específicos, nos centros. O atendimento na
residência do médium pode se tornar altamente perigoso, pois não haverá as firmezas
necessárias para a descarga dos atendimentos ou trabalhos lá realizados. Muitos médiuns não
vêem problema algum em atender uma ou outra pessoa em casa, entretanto eu afirmo que
existem conseqüências desastrosas para quem começa assim e se deixa levar pela vaidade.
forças da natureza, assim como com espíritos contemporâneos, ou não, pesando expressivamente
em seu exercício as vibrações das Almas.
A Umbanda possui muitas co-irmãs e as pessoas muitas vezes confundem-na com outras religiões
que possuem nomenclaturas semelhantes às utilizadas na Umbanda, no entanto a semelhança é
meramente aparente e termina aí.
O fato de a Umbanda ter como uma de suas raízes a forte influência africanista e cultuar Orixás,
gera muita confusão e sobressai a necessidade de apontar limites bem claros.
1. Trabalhamos exclusivamente visando o bem, a caridade e a evolução espiritual de todos.
2. Não temos “feituras de cabeça”, Boris, raspagens, camarinhas, roncós, corpo fechado, ebós,
orunkô, feitura de santo, bascos, firmo de nação, etc.
3. As sessões obedecem a horários pré-estabelecidos. Não vemos nenhum sentido em sessões
madrugadas adentro. Por que não? Simplesmente por ser contraproducente, ninguém consegue
manter a “gira firmada” por tanto tempo, as pessoas trabalham, ficam cansadas, e a falta de
concentração, ou nível energético dos médiuns tende a cair drasticamente após 3 horas
consecutivas de culto. Além do mais a própria assistência começa a ficar desacomodada,
desconfortável, gerando vibrações de impaciência e falta de interesse. Tudo isso gera um
desacordo energético que acaba por influenciar o bom andamento da gira. É claro que estamos
nos referindo às giras ordinárias e não às festivas.
4. O abate de animais (sacrifício) não faz parte, em nenhum momento, de qualquer rito da Umbanda
(aberto ou fechado).
5. No que diz respeito a oferendas aos Orixás, guias, ou entidades menores, ressalto que sou contra
o uso excessivo desse recurso como elemento de religação. A oferenda tem sua função
específica e determinada. A banalização da mesma influencia negativamente no desenvolvimento
do médium e na evolução do espírito (guia ou protetor) que a está recebendo.
Aqui você pode estar perguntando como e porque o uso excessivo de oferenda pode
atrapalhar a evolução de um espírito e/ou de um médium.
A resposta é simples e como em tudo há sempre dois lados a serem observados:
Na realidade desestimulamos tudo que seja excessivo. No caso das oferendas, existem
conseqüências de ambos os lados, material e espiritual.
Do lado material:
a) O custo dos elementos da oferenda (muitas pessoas chegam a deixar de comer, ou até
mesmo, permitem que falte alguma coisa dentro de sua casa para comprar os elementos da
oferenda).
b) Estímulo a barganha espiritual, ou seja, o ofertante acredita que oferendando alguma coisa
poderá obter privilégios junto a espiritualidade.
c) Estímulo a preguiça espiritual no sentido da evolução, ou seja, o ofertante começa a acreditar
que a oferenda substitui o seu empenho em melhorar enquanto pessoa, geralmente com a
famosa frase : “Eu cuido do meu santo, já arriei minhas coisinhas”.
Do lado espiritual:
a) Pela pessoa somente se interligar com a espiritualidade através da oferenda, as entidades
receptoras começam a pedir cada vez mais oferendas com o intuito de estarem sempre
próximas da pessoa, pois sabemos que para que haja aproximação da entidade é necessário
que haja sintonia de pensamentos e sentimentos. Quando fazemos uma oferenda, geralmente
elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que
comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a
precisar da oferenda para se comunicarem.
b) Disso surgem pedidos cada vez mais freqüentes impedindo a evolução da pessoa e da
entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante.
O nosso objetivo é orientar que a oferenda deva vir apenas como uma representação material de agradecimento e não de comunicação com as entidades, que basicamente e de maneira geral não precisam de oferenda. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.
Geralmente se é feito em comemoração ao dia do Orixá ou entidade em forma de homenagem, pois “Amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade
desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade”, também é uma forma de oferenda assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”.
Com tudo isso exposto, esclareço que o uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista.
Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado.
Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais
sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente.
A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim.
6. A vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca.
7. Não há, sob hipótese alguma, retribuições financeiras por trabalhos executados, consultas, ou o
que quer que seja, e nada, absolutamente nada, justifica a cobrança de consulta, mesmo que seja
um valor insignificante ou irrisório. Alguns chegam a dizer que é para ajudar na manutenção do
Templo, mas afirmo que esta é uma responsabilidade do Dirigente e seu corpo mediúnico.
Existem inúmeras maneiras de se sustentar um terreiro sem que haja necessidade de se cobrar
por nada que envolva o sagrado.
8. A ascensão ao sacerdócio na Umbanda se faz através do tempo, da propriedade individual, da
constância e seriedade com que o médium se propõe à caridade. Objetivando auxiliar o médium
nesta tarefa, são realizados determinados preceitos e obrigações, testes e avaliações. Mas
fundamentalmente o trabalho, o tempo, a dedicação e o estudo são a firmeza do médium, pois
não adianta fazer uma série de recolhimentos e preceitos se o médium não se entrega à função
sacerdotal dentro e fora do terreiro, com responsabilidade e consciência de seu papel.
9. A prática religiosa deve ser realizada em locais específicos, nos centros. O atendimento na
residência do médium pode se tornar altamente perigoso, pois não haverá as firmezas
necessárias para a descarga dos atendimentos ou trabalhos lá realizados. Muitos médiuns não
vêem problema algum em atender uma ou outra pessoa em casa, entretanto eu afirmo que
existem conseqüências desastrosas para quem começa assim e se deixa levar pela vaidade.